Inicialmente, desoriente-se foi uma ideia concebida em 2015, ainda durante nossa viagem sabática pela Ásia e Oceania - uma incursão de quase um ano pelo mundo oriental que rendera, dentre tantas coisas, muitas histórias e estórias. E o desoriente-se seria justamente um livro retratando tal viagem, reunindo fotos e textos sob a forma de crônicas.
Pois bem, passou-se o tempo e, por conta de nossas tarefas mundanas e minha total incapacidade de terminar as cerca de 40 crônicas, a ideia do desoriente-se acabou por ficar de lado. Um conceito que, vez ou outra, nos ronda a cabeça. Afinal, estou falando de uma aventura que, para nós, foi única e que, se nos deixou sem qualquer reserva financeira, nos enriqueceu de todo o resto. O livro, ao menos, serviria como lembrança para nossas filhas, familiares e amigos.
E cá estamos, 1º de
abril de 2020. COVID-19. Pandemia. Caos. Reclusão. Parece até mentira.
Se calhar, trata-se de
uma boa hora para voltar a escrever, visto que percebo o meu nível de ansiedade
a aumentar exponencialmente a cada dia que passa. Talvez, sei lá eu, por temer
pela saúde de meus familiares e amigos. Ou por incertezas sobre o lado
profissional. Quem sabe, simplesmente por falta de convívio social. O fato é
que as crônicas podem me ajudar nessa matéria, mesmo que só seja eu a expor
algo. Falar para o vento, se não mais.
Seja lá como for,
declaro que o projeto desoriente-se sairá da gaveta, com uma
roupagem um tanto diferente, sim.
Nasce sob a forma de
blog e para tratar do que me vier à cabeça, como o cotidiano de um pai de
família brasileiro em terras portuguesas, visão de mundo em tempos loucos,
“pitacos” sobre o nada e o irrelevante, devaneios sociais e afins. E, como o
conceito do livro não morreu, usarei o espaço para reviver algumas daquelas
histórias (e estórias). Explicarei mais do porquê do nome desoriente-se,
por exemplo.
E, para deixar esse blog ainda mais completo (ou estranho, fica a seu critério), obrigarei a minha outra metade, Maria da Paz, a adicionar algumas fotos. Por que não?
Sim, isso tem tudo para dar errado. Veremos.
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