Madalena e Carolina seguem seu passeio pelo “bosque”, ao lado de casa. Entre correrias, tropeços, gritos e danças (de adoração ao sol, penso eu), elas sempre se deparam com algo novo. E a novidade da vez são os escaravelhos. Na verdade, já fazem uns dias que a Madá vem criando uma relação de empatia com esses animais.
Para
quem não sabe ou não consegue associar o nome a “pessoa”, escaravelho é atribuído
aos animais do filo dos artrópodes, da classe dos insetos, da ordem dos coleópteros
e da família dos escarabeídeos, composta de cerca de 15 espécies, das mais
diversas formas (sim…pesquisei no Google). Para a Madá, é apenas aquele “bichinho
lindo, todo pretinho, que anda de um lado para o outro e tem medo de gente”.
Voltando
ao passeio, Madá, que vai bem a frente de nós (é a líder, segundo ela), se
depara com um escaravelho em especial. Ele é menor que os demais. Então, agachada,
começa a conversar com o diminuto animal. Por sua vez, ele se encolhe logo que
ela começa a tocá-lo, mesmo que de forma leve e suave, como se quisesse
acalmá-lo ou ganhar a sua confiança. Madá faz “carinha de querida” e voz de
bebê para o animal (sim, vai resultar…). Tenta de tudo para que o inseto se
sinta confortável com sua presença.
Enquanto
isso a Carol vem bem atrás, atrasada devido as pernas curtas e sua incapacidade
psicomental de focar em um ponto ou seguir uma linha reta. Chama pela irmã ao
mesmo tempo em que agacha-se e uiva para o céu (sim, ela é destas).
Madalena
começa a ficar apreensiva. Não sabe o que fazer para o bichano lhe fazer
companhia. Começa a fazer perguntas ao bicho e, visto que o retorno é “zero”,
aponta-se para mim:
-
Pai, por que ele não se mexe?
- Ele
está com medo de você, Madá.
- Mas
eu não quero magoá-lo. Só quero que ele ande comigo.
- Só
isso? E esse ele não quiser? Ou não puder? Ele é daqueles pequenos? Pode ser um
filhote a procura da mãe. Deixa ele aí sossegado até a mãe voltar.
-
Posso esperar com ele?
-
Fica a vontade, o pai seguirá o caminho com a Carol.
- Tá
bom, pai. Tchau.
E
então, “Bam”! Carol chega a cena e pisa o escaravelho. Madalena, com os olhos
arregalados, volta-se para mim, horrorizada. Carol ri! Feliz ela, que encontrou
a mana e o escaravelho. (Sim, eu também ri…)
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