A nossa comemoração dos 10 anos de casamento deu-se
com uma viagem pelo interior do Alentejo. A dois. Afinal, era como fazíamos há
10 anos atrás! Uma viagem para celebrar e, óbvio, para descansar, relaxar,
descomprimir do cotidiano lisboeta.
Temos duas meninas, sim. Uma de quatro e outra de dois
anos de idade. Ficaram por casa. “Sozinhas?!” Não! Com a Ana. “Quem?” A Ana,
nossa amiga. Ela é da casa, não se preocupem.
Viajamos para as cercanias de Arraiolos. Lindo, no
meio da flora alentejano, entre brejos, pedras, animais e casas caiadas. E as
meninas ficaram por Lisboa. Lá, com uma amiga nossa.
Descansamos, comemos, bebemos, aproveitamos nossos
momentos a dois, a lembrar de nossa rica, intensa e desorientada história
juntos. História, essa, que foi agraciada com a chegada de nossos amores,
Madalena e Carolina, que deixamos (que nos perdoe a Ana!) praticamente sozinhas
e sem notícias nossas, em Lisboa.
Fomos e não demos muitas informações para as meninas. Onde
iríamos, por quanto tempo, qual razão? Deixamos na escola e nunca fomos buscá-las.
Sumimos em direção a Sabugueiro. Nos escondemos dentro de uma casa de pedra,
sem internet, sem barulho, sem filhas. Coitadas. A mais velha até achava que
eventualmente voltaríamos. A mais nova, em seu mundo, tinha certeza de que os
pais saíram para comprar queque.
O fato é que passamos um fim de semana a pensar no que
melhor nos aconteceu nos treze anos em que estamos juntos, e nas idas e vindas
até nossa boda de estanho: nossas lindas filhas.
Saímos do Alentejo direto para o mercado, do lado de
nossa casa. Compramos dois queques e fomos para casa ter com nossas filhas.
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